Os povos indígenas lutam pelos seus direitos para se manterem como colectivo num contexto mundial que tende ao imperialismo, reivindicando que o seu património material e imaterial seja garantido, conservado e transmitido.
Em México existem centos de comunidades autóctones, no entanto é em Chiapas onde a luta acovilha mais poder. Lá foi onde se formou o EZLN (Ejército Zapatista de Liberación Nacional) que tem no subcomandante Marcos o seu máximo exponente.
Em Chiapas existem territórios autónomos que propõem modelos de convivência alternativos em que outros valores são a base para as suas relações interpessoais, intracomunitárias e extracomunitárias.
Muito mediatizado nos seus começos (anos 90) esta causa deixou de ser visível na actualidade nos meios de comunicação internacionais, que elegem e criam a informação sem haver um seguimento no tempo. Assim esta marcha zapatista que chegou das montanhas à capital não foi captada pelo microfone de nenhum conglomerado mediático (a continuação podereis escutá-lo).
Concretamente um 1º de Maio de 2006, o Subcomandante realiza uma primeira intervenção perante a embaixada de EUA em México para prosseguir, com um cordão de homens com fouces, até o Zócalo – centro neurálgico da cidade.
As reivindicações perante a embaixada não se esgotam nos seus direitos como povos, mas vão além e chocam com mais uma derivada da sociedade líquida: a migração, e concretamente aos EUA, pondo no foco a necessidade de legalização dos migrantes.
Na actualidade, esta intervenção é o contraponto a discursos surgidos desde a direita nos EUA, veja-se Trump, que pretendem impedir a imigração desde México impossibilitando a procura de melhores condições socioeconómicas.
ÁUDIO:
NOTA DE PALAVRA COMUM: a foto provém da Wikipédia.
You might also like
More from Estela Pan Vázquez
Entrevista | Diego Giráldez: “Agora mesmo a soidade é un antídoto”
Diego Giráldez (O Porriño, 1976) leva toda a súa vida profesional vinculado ao xornalismo. Dirixiu distintos xornais e revistas, e …
Entrevista | Xoán Antón Pérez-Lema: Fascismos en Europa
Xoán Antón Pérez-Lema López (A Coruña, 1966). Avogado en exercicio dende 1990, con especial experiencia en Dereito Societario, Concursal, Mercantil …