A voz da mãe sempre chega a Deus.
Os filhos, que entre si, se matam
não conhecem o nome da sua estirpe
e a loba ouvia
e o cão raivoso late em fúria
enquanto Marte celebra
sua fugida de Mercúrio.
Em cima habita o Cosmos,
em baixo sua saia sagrada
permuta – a serpente – permuta
no dragão de cabeças múltiplas.
No meio a Voz da psíquica palavra
aos olhos, seu véu, nos oculta
A voz chega ao filho da águia
muito distante para ser entendida.
A voz chega ao filho do falcão
sabendo que é distorcida,
a voz chega ao que sonha
descende de Abraão
em recinto de penumbra.
A voz atinge tua boca
e é fria, muito fria
na praça vermelha
onde o filho do Urso
predica.
Nos Altos do Golã
os exércitos de Gogue e Magogue
agitam, de Ezequiel a profecia …
E tu temes lutar
ao lado dos sanguinolentos bandidos
Quem souber com acerto escolher
o sinal correto no seu já fadado destino?
Todos somos irmãos duma terra
por alegoria virgem,
no oceano sem praias
o trono deu-nos seu primeiro impulso
para criar o primeiro germe
sua essência foi dividida,
na cruz sacrílega do sexo
a essência se crucifica.
Não lutes por eles,
ama teu inimigo.
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