POEMA DE RAMIRO TORRES
A árvore enche-se
de um sol caído sobre
o tempo com olhos
transidos de erva nua,
desamarrando-nos para
a percepção que dança
em arco de céu súbito,
estranha voz avançando
por dentro do edifício
a estalar entre os dentes
como palavras abandonadas.
E nós continuamos, filhos
de uma manhã escondida
no bosque que se vislumbra
fora do visível, agochados
até a idade propícia onde
recuperarmos os mapas
de um saber subterrâneo.
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