POEMA DE RAMIRO TORRES
A árvore enche-se
de um sol caído sobre
o tempo com olhos
transidos de erva nua,
desamarrando-nos para
a percepção que dança
em arco de céu súbito,
estranha voz avançando
por dentro do edifício
a estalar entre os dentes
como palavras abandonadas.
E nós continuamos, filhos
de uma manhã escondida
no bosque que se vislumbra
fora do visível, agochados
até a idade propícia onde
recuperarmos os mapas
de um saber subterrâneo.
You might also like
More from Fotografia
Els català, unha heteroxénea familia de fotógrafos | Lito Caramés
Este ano o Museu d’Història de Catalunya presenta ao público a exposición Els Català. Fotògrafs d’un segle en alusión aos …
América Latina retratada por Gasparini
O fotolibro que mellor define os traballos de Paolo Gasparini comeza así: Para verte mejor... Non é paradoxo para un …