A moça estava a falar da heroína e dirigente da FRELIMO Josina Machel, a primeira mulher de Samora Machel, que morreu em combate na guerra colonial. A moça dirigente falava das contundentes fatalidades das mulheres e, também, dos âmbitos de trabalho e combates nas lutas de Moçambique. As palavras da jovem antepõem-se a qualquer intenção política na formalidade dos meetings. Havia crianças que reagiam com atenção a questões nas que a mulher tem um papel importante na sociedade matriarcal de Moçambique e, também, na economia de subsistência e nas tradições, mesmo nas crianças. Era um encontro com escolares e pré-escolares, com batuque incluído, todos perseveravam nas confirmações da moça sobre o ímpeto das mulheres, menos quando a câmara estava pronta a fotografa-los. Eles gostam de estar na imagem, na que nunca mais possam olhar. Não sei se é costume, mais é clarividência de espírito africano.
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