O corpor da dançarina é um vórtice compositivo do problema a tanger nas pálpebras do Samurai, é um mostrador turbulento do indecidível, é o paradoxal turbilhonante a esculpir volteaduras e lapsos, é um novelo de espongiários inconscientes, é uma intensão ética que exige artesanias afiadas e crueldades delicadíssimas, é um desvio de coalescências geológicas sobre as dobras dos batuques, é um criador de estendais na policromia dos labirintos, é uma fazedor de modos de existir no bacanal das veias em suspensão, é um gáudio a fractalizar-se fora do nirvana, é o vazio e o avesso a germinarem acontecimentos com incêndios animalizantes, é uma consistência singular e doadora de golpeaduras primitivas, não é uma singradura do transgressivo, é uma subducção imanente embruxada pela profanidade dos batentes piroclásticos, é um entre tectónico gerador de existência vertiginosa: é uma traqueia esfomeada a deflagrar-se entre os deuses dos risos e dos alvoroços à volta de cabeças demenciadas pelo fogo dos rasgos ventrais: é uma cartografia a meteorizar-se nas cubomedusas, é uma provocação de epifragmas sísmicos estilizados sobre a realidade caotizante, é o acto impulsionador de ondulações da diferença dentro dos espalhamentos subtis da pluma mantélica, é uma relação de estendedouros fractais que diferem para vencerem a morte, é uma ventosa do alógico, é uma dissecação do aformal, é uma metalurgia das vernações, é uma angulação de fagocitoses do geometral a subir pelas vértebras do espaço, é um bloco gérmico persistente a experimentar o desassossego do impensável, é a expressão durativa nos espelhamentos móbiles, é um fluxo coexistencial de tempos indeterminados, é uma trama de rupturas supralógicas, é um rompimento sígnico mutável entre micropercepções impossuídas, é uma composição compulsiva de heteronímias, é um caos latejante e dilatado por adivinhações dos heterogéneos, é uma ressurgência de delírios inomináveis e porosos rés à pré-catástrofe, é uma solidão do indizível fora dos tentáculos da deserção e do abandono, é um salto pleno nas rebocaduras insanas do tempo, é uma realidade de recomeços de arquivos acósmicos, é uma dobragem de hemorragias das falas no passadouro hesitante de um ofídio confluído nas sombras das cavidades: é o sal imperturbável das gárgulas sobre um enxame de tendões espasmódicos ao redor de uma vertigem respirada por lacraus: é uma histeria mergulhada nas araduras mandibulares que desmoronam e regerminam ao redobrarem-se no inédito respiratório ao cimo dos vasos babelescos, é uma insânia carnal incitadora de mapas escassilhados pelo real estonteante, é uma deformação de novos lugares com distâncias ritornélicas emancipadas por transumâncias monstruosas, é um modo catalítico que se modifica diversamente entre roubos pulmonares, é um ritmo anómalo arrancado à transducção do vazio, é um catalisador de escutas animalizantes, é um sangramento de um dicionário em transcodificação, é uma metamorfose cruenta na improvisação do colosso de uma vida órfica, é uma intemperismo etológico nos ventres chamadores de dedos insituáveis, é uma brincolagem flutuadora de imprevisíveis obscuros, é uma propagação de golpeaduras cristalinas contra a fome do tempo, é um mosaico de velocidades pré-babélicas dentro de instantes crónicos, é um dardo de vaga-lumes com linhas enviesadas nos dorsos reminiscentes, é uma vidência expansiva com ressonâncias futuríveis, é uma glossolalia envolvida por esgotamentos musicais, é uma transmutação geodésica andarilhada por crivos dos vácuos que incandescem as partículas indiscerníveis sobre os GESTOS de espíritos inesperados, é um corte intangível dos espelhamentos com ocasos sublunares, é uma cronização de minerais a proliferar na vasteza das microfísicas dos utensílios, é uma força gradativa bacante com esquissos autopoiéticos: é o simulacro das catervas a irradiar vestígios sedimentares com as devorações diagonais dos oráculos ao redor dos baques dos mistagogos: é uma vértebra a revigorar-se e a autofagiar-se através das fisgadas dos absurdos: um batedouro de cetáceos: é o sensível na metalomecânica do oculto e nos exórdios dos sopros daquilo que é estrangeiro e atópico, é o phaneron alisado pelas vísceras do cataclísmico, é uma rompedura do caos incorpóreo em composição original, é uma durabilidade tangenciada por pré-vocalidades das decifrações góticas, é o caleidoscópico ético das artesanias do impossível, é um acto de teceduras inactuais em variação ritornélica, é uma bifurcação de espaços sem fundo religados às filigranas do cristal-vitral, é a demudança estética raiada pela visão sanguissedenta e lenhadora de ossaturas, é um vestígio vesânico dentro do intermezzo inapreensível, é uma afecção topológica com batidas inobjectiváveis dentro dos vazios que escutam as diéreses da distâncias, é um acúmen anamórfico da DOR e do DOM que cria e estiliza a insalivação do desejo que se dobra ininterruptamente entre o vigor e a lucidez à volta da hesitação dos intemperismos: cinzelar as estaquias do tempo entranhadas no tempo icástico: é uma interrogação inesgotável das evasões ritmadas pelo vazio do real dentro da in-existência de uma enunciação orbital, é o indiscernível das hemolinfas misturadas com as vazaduras do obscuro em deciframento intermitente, é um encontro arquimediano com o acaso de passados eternais no presente durativo de uma crueldade hipnagógica e filmofânica, é o sublime das espessuras existenciais com voragens esfíngicas acopladas às reminiscências inconscientes plenas de manguezais e de raptos sígnicos, é um diagrama de inocências com as sensações extremadas de uma alma inteira que demuda com a imanência nómada de um tremendo verbo dentro da hecticidade do espaço, é uma visão-audível soltada pela gradação alvéolar e expressiva das superfícies anemófilas: DANÇAR por meio de semióticas anorgânicas e de estômatos hipodensos: há uma disrupção estranhamente debulhada pelos GESTOS de uma fuga sacro-profana, há um macaréu pulsátil com intervalos magnéticos a perfurar os resvaldouros biomórficos: há um GESTO a talhar-se nos crimes dos alvos carboníferos até aos rombos pendulares de um todo aberto diferencial: há uma fenda anarca, indomável a experimentar-se com embates extremos das alteridades esculpidas pelo animal-em-si: é uma dismorfose com aberturas aos atravessamentos intratemporais do absoluto, é uma eternidade epistémica a traçar fóveas talâmicas com as imagens múltiplas do falso: é um vasculhador de vida epigâmica entrevista e ampliável entre tecelagens de extremos da hematopoiese, é uma tendência hialina com oscilações duplas acopladas às rasgaduras sinápticas, é uma crítica friccionada pelas escamas acesas das escoaduras caninas, é uma escapadela inusitada a purificar-se no grito dos séculos, é uma autonomia olhante das bastardias xilémicas, é um exercício expansivo das gorjas dos bestiários, é um garimpo de angulações relampagueantes, é um vórtice insondável dentro dos vincos opacos e escavados davplaca epifisária, é uma audácia aperiódica nas agulhas das trajectórias camaleónicas, é uma dádiva talhada por enigmas plásticos, é uma tessitura da infinitude melismática com nervos a flagrarem nas elipses de uma duração enlouquecida, é uma queda com escoamentos polifónicos plenos de marchetarias aiónicas, é uma extremidade barroca com moléculas pagãs a recomporem jogos kairóticos, é um conceito movente dentro das malharias da matéria informe, é um tremendo opérculo aceso e apinhado de posturas paramnésicas, é o espesso inapreensível dobrado para dentro de escombros espasmódicos, é um ELAN de instintos zoofónicos que suplantam a morte por meio de esplendores de mónadas: é uma afirmação infinita da esquivez afásica ao cimo de um encontro gerador de labirintos exogâmicos, é uma geometria dos ofícios catatónicos modificadores das extremidades ventilatórias, é o que se diferencia fazendo ritmo nas traqueias amebóides do real, é um dédalo migratório com balanceamentos dionisíacos, é um fecundante membranoso com inconscientes feitos por uma prática criadora de solos, é uma extracção sonora de um grito de gânglios irrepresentáveis, é um mangue infindável, inexaurível de forças experimentais, é uma fuga cranial errante, é um desvio exacerbado às limalhas do organismo, é uma pigmentação abstracta do trágico entre zonas abertas ao saber ocasional dobrado pelo ímpeto rítmável de uma ALMA inteira: um corpo da DANÇARINA é uma impetuosa desrazão a entrecruzar-se nas mudanças meridionais mais extrusivas… ao alto das gárgulas em disseminação vulvária as línguas carregadas de sinuosidades termohalinas assimilam múltiplas precisões das mucosidades por meio dos detalhes das marchetarias que batem nas bordas latejantes dos GESTOS: o corpo da DANÇARINA é uma dilatação de vazios, de tentâmens entre matérias incriadas e os instantes das vozes infiltradas nos actos de uma FALA impulsionada por ritmos antropofágicos: o corpo faz das repercussões das palavras um balanço-olhante na horda do mundo onde o entrecorte do apéiron é já uma pré-devastação criativa a gerar o abstracto nas variações do real: o corpo religa disjuntivamente as trompas do caos à transgeografia indiscernível das curandeiras em exsucação: há uma pontada da visão sobre a língua sanguínea ao cimo da falha diaspórica intervalada dentro de um raio de lavragens zoolíticas: dizem: uma DANÇARINA a dobrar-se nas mandíbulas de uma revolução feiticeira por meio de GESTOS compactos à volta de um cataclismo rítmico que é-já um grito de hýmenes mesclados por tempos picturais e perduráveis entre enozamentos quiasmáticos e a consciência inconsciente de um salto arrebatado, inominável ou será uma terrífica película vibrátil dos devires a retornar com novas dimensões indistintas sobre as percepções subtis, aformais de um animal? O corpo da DANÇARINA germina com expressões imediatas que efluem desmedidamente de um movimento gótico-barroco prenhe de tramas de microfósseis combinados com os fragmentos do caos: aqui-agora: envergamentos de cataplasmas vascularizam o inaudível dos mosaicos heurísticos povoados por bosquejos fundentes e em refracção: as vizindades das rupturas das arquitraves trilham ferrolhos parietais: as composições sécteis dos bandos à deriva sobem pelas héveas das traqueias como uma fusão ontológica da impensável-DANÇA a exalçar as falenas do cristalino por meio de desenhos mapeados por traduções da eternidade neoplatónica: um corpo da DANÇARINA acredita nas vagas de sensações que cirandam os varais das brincadeiras geotérmicas do mundo: um corpo exprime as infusões do invisível ao revigorar a visão safenada do dentro que o transfixa, o altera, o deriva contra os detalhes ecoantes dos eixos insanos( incubamento fotosférico): há um SALTO nas lascas dos sopros alcalóides e germinativos, há um SALTO nas incisuras das aglossias, nas violências dos tímpanos fosfóricos que vomitam as agulhas da extenuação da terra, há um SALTO nas veias arteriais intercessoras de transes e de ostras intempéricas que experimentam o caos sepenteante com os choques das respirações rectas do tempo: o corpo da DANÇARINA é uma forqueadura das coexistências dos signos moleculares onde os dédalos vigorosos do encontro assintáctico arremessam dubiezes rítmicas para o absoluto do vazio: há virilhas babilónicas com redes de batedouros a forjarem o sangue com as fungações arrancadas aos instrumentos ulcerados por ensalmadores onomaturgos: há penetrações indefinidas nos espaços das calamidades que gravitam entre as fugas obsessivas dos GESTOS: há um ponto do esquecimento a levantar-se nas devastações de uma visão com as espessuras dos gritos a aferrolharem uma cabeça inominável: há uma mutação multiangular a despontar nas memórias futuríveis de um corpo desdobrado pelo imprevisto do contemporâneo que recorta o caos compositor de uma pele excessiva voltada para as escoaduras matérico-espirituais: há novas forças do meio extremo a entranharem-se nas basturas de uma duração-GÉSTICA que faz coalizões de solos entre passagens de um gerúndio cruel e possíveis nodulações: o corpo da DANÇARINA resvala no incomensurável de cada hifenização metamórfica dos meridianos anarquistas onde as fugas inconscientes virtualizam os opérculos psicodélicos actualizados pelas irradiações dos prestidigitadores: há mesclas cartográficas a oscilarem no corpo-multívago da DANÇARINA coberta de micromovimentos que afluem para o comunal impulsor do gérmen do vazio: há codificações das inocências a traduzirem as dimensões indistintas, indefinidas dos estremecimentos inconscientes: o corpo da DANÇARINA é um tempo de diafonias ecológicas dentro da eternidade das fendas sanguíneas que expandem os dicionários hebefrénicos sobre as vidraças da incúria: há uma insucção fisiológica detalhada pelos rebatimentos do delírio: uma afluência barroca revoluteia-se e repovoada-se com as passagens do virtual para os sentidos envolvidos e asseverados pelas visageidades de uma solidão actualizada: há um GESTO irrefreável a absorver uma alfabetização ritornélica, desabaladamente cruel e nucleotídica: DANÇAR os atravessamentos vastos, rigorosos, lúcidos, histéricos, insanos onde os corpos eolicamente transmutam forças da absoluta transmutação heteronímica: DANÇAR e experimentar o sentido adjacente à esguelhada nutação dos heterogéneos no alto de uma cabeça expandida por por outras cabeças emergentes: um GESTO liso, inconcebível, improvável levado pelas tendências das partículas alógicas e bifurcadas pelas esponjas de um corpo ressoado por dentro até atingir incessantes magnetismos interpolados pela gagueira ditirâmbica: há semióticas paradoxais a intensificarem e a garimparem as transduções dos prismas em reencadeamento anorgânico com outras corporologias hiperestésicas: dizem: é o sentido a gerar espaços de dobadouras incontroláveis através de um devir disfórico e de intermezzos medúsicos que eternizam sensações rítmicas nos opérculos entranhados nos tempos crónicos: há uma existência enérgica nas passagens cruéis que acordam a improvisação do corpo com o sensível da vidência, do inconsciente e do impensável onde a catástrofe topológica da DANÇARINA alarga o hiato, o rigor da abstracção ao buscar novos signos com distâncias confinantes às fugas paradoxais das visões sanguissedentas: o corpo é um olhar-DANÇANTE que irrompe sangue poliédrico com as antecipações das errâncias dos enxalmadores envolvidos por forças intuitivas: aqui-agora: uma postura intrusiva abre o vazio ritmadamente por meio de quedas extraviadas e de insânias espélhicas, por isso, nunca se desmorona nas membranas desabaladas da babel porque se faz intercessor da diferença ectodérmica ao movimentar-se nas fendas de um infinito perfunctório e tremendamente hemicristalino: há um lançador expressionista a demudar-se com expirações hermafroditas sobre as latências vectoriais do pulmões da DANÇARINA que garatuja a génese da devastação com milhares de casulos impessoais: há uma estremadura inominável de polifonias umbilicais a absorverem o indecidível por meio de batidas catalisadas pelas epifanias caóticas: há uma misturação alvéolar a redesenhar-se nos esquecimentos inauditos onde os GESTOS estiraçam os arquitectos dos limites com as rasgaduras do espaço desorientador dos deuses: o corpo excede-se com a sua própria experimentação géstica, vertebral, pulmonar, cefalópode: há campos de razões impuras entre os utrículos autopoiéticos e o que adveio através de relações turbilhonares à volta dos cânticos das crisalidações: há um movimento de um recomeço paradoxal ao redor de audições vesânicas e de visões esfíngicas penetrada por matemáticas da adivinhação de uma heterocromia do real: o corpo lança-se para o entre dos traços etológicos, para o intermezzo das tecelagens minerais, para a transmutação testemunhal do imperceptível do sensível: um corpo esculpe uma miríade de estimulações perceptivas rupturadas pelas entonações alógicas imprevistas sobre os signos vectoriais que vazam as imagens em decomposição abstracta: aqui-agora: há uma profusão heterogénea com ritmos falsários que fortificam os GESTOS, interrompem as saturações astrogeológicas e extrapolam entreteceduras problemáticas, complexidões de imanências reverberantes: há crivos transductores com exultações contraentes a vararem o corpo da DANÇARINA por meio de sentidos que batem no espaço de ecos musicais entrelaçados na expansão do silêncio das envolvências microscópicas: um GESTO cria a sua própria anomalia com sons hidrofílicos a escoarem-se nos revestimentos ritmáveis das durações: o desvio torna-se um embaralhamento de vozes microtubulares a estilizarem os tutanos cataclísmicos: o GESTO solta-se nas texturas hipotalâmicas do espaço e nas completudes inacabadas dos mapas fabulares e faz a DANÇARINA arremessar-se para a mudança pentatónica polida por dobras de dádivas axífugas: os GESTOS se diferenciam no tempo de um dicionário ritmado com rasgaduras infinitesimais do futuro, entrando nas passagens enérgicas do caos, atingem um quase-caos e dançam as evasões do caos por meio de phaneroscopias obscuras que desfrecham clarões topológicos extemporâneos: o corpo da DANÇARINA se abre e se diferencia a cada revertida expressionista que materializa o silêncio na duração dos encontros epistémicos: um GESTO refaz o tempo das simultaneidades para se modificar com a repetição animal dentro da plasticidade inédita, sincárpica e hodológica onde o real e a ficção se fundem ababelados: o corpo afirma as escamas do phareron criptogâmico da DANÇA: DANÇAR as cissuras imunogenéticas e os colapsos do espaço: convulsionar os GESTOS nas vizindades das catástrofes porosas: vasculhar os GESTOS com as membranas dos tensores indefinidos: escarificar os GESTOS com braçadas pontilhadas e ilocalizáveis: escoar os GESTOS até à proliferação icástica do desigual e do impensável: o corpo entrecorre nas levadas guerreiras do tempo escanado por zootomias kairóticas: aqui, há uma zona multiplicadora de ritmicidades randómicas que se expressam por meio de mosaicos do improvável rés adesastre regenerativo dos ligames sintrópicos cérebro-vísceras-mundo: o corpo é um abrimento incomensurável envolvido por errâncias das existências estilizadas por rebentações da alotropia entre ecos robustos do acaso e sensações emaranhadas nas cortagens moleculares do inconsciente que é caos e delírio a gerarem DANÇA com os lances trágicos ao redor do tempo caleidoscópico e epigenético: o corpo exalça-se nas coalescências melismáticas da diferença estóica, nos contrapontos das errâncias transpiradeiras, no vazio das polissemias, na distância confinante das angulações tectónicas, no aformal das genitálias, no jorro babelesco das ossaturas entre escapatórias helicoidais submergidas e drenadas pelas passagens cromáticas e placentárias do caos: um corpo da DANÇARINA gera novas porosidades turbilhonares no tempo com arrastos de enxertias pulmonares onde as sensações futuríveis intensificam a inconsciência no real do real acoplado às heteronímias do verbo-infinitivo que invade os rasgões sinapsiais com a exultação do desassossego dos pontos tendenciais de um animal: o corpo é um dínamo de hordas e de gérmenes que envolvem anemófilos barrocos com novas aprendizagens rizosféticas e compositoras do gerúndio germinal rés às deformações rítmicas expressivas: as luzências mutantes que trespassam os helespontos das vértebras e as vorticidades dos diafragmas atingem os cristais góticos dos mapas insituáveis: há um metamorfismo pulsátil nos traços involuntários das topologias carregadas de andarilhos abstractos: um corpo dilata as cartografias com ritmos jazzísticos do cuidar de-si-mundo-hipógeo: um corpo DANÇA ao criar distâncias sem desígnios, é um jogo de feixes de impermanências e de musicalidades sincrónicas que riscam malhas aracnídeas ao mudarem-se sobre as superfícies alógicas para extrapolarem limites através de detalhes de novos povoamentos: voragens umbilicais transvertem intermezzos-GÉSTICOS-hápticos em microfaunas espiritualizadas pela crueldade epistémica: há um corpo a revelar signos hiemais dentro de um lance tremendamente sintomatologista: há um vigor dos esboços das tramas GÉSTICAS ligadas às vozes das visões de um querer na vontade que livra a existência absoluta com o desejo que desabrocha e grela na modificação de si, fazendo do esquecimento um espírito convulsionado da inocência: o corpo da DANÇARINA é uma ligação multissígnica que amplifica a sua potência vascular com as passagens prismáticas que estão por vir entre o antes e o depois ou será uma esteira demonológica? É um corpo lançado e misturado pelas energias da alma heterogénea da matéria plena de lhanezas nucleares engolfadas por embocaduras de uma biomorfia dorial: aqui-agora: a abstracção do real é provocada pelos ritmos intrusos de uma composição espessa cingida pelo GESTO catafórico e pela plenitude do SALTO das expressões que alumiam a vastidão do inatural entre espaços perfurados, esculpidos por uma miríade de estimulações anamórficas: por vezes úlceras luminares misturam-se com os respiramentos das escoriações dos GESTOS onde passam glândulas de sangue em combustão para tremular nos esboços do vazio de uma bricolagem curandeira cheia de nervos sinápticos, de meninges intermináveis e de queimaduras redobradas por obsessivas hordas venosas que refluem nas estacarias dos respiradores da fome: há um entrecruzar de coexistências no corpo da DANÇARINA com tempos diferentemente incessantes submergidos nas tramas mutáveis que se sincronizam, se caldeiam e se transvertem a uma velocidade de sopros ilimitados: um corpo se movimenta a uma lentidão velocíssima entre retas labirínticas e transbordâncias geodésicas, epifânicas, tensionadas e dobradas para dentro de um mundo granulomatoso onde as voltagens ondulantes e em desfiguração molecular abrem superfícies sistólicas com outros ritmos matéricos de um real inexaurível: há um corpo nómada de azulejarias caleidoscópicas que alarga e constitui o real-prometeico com o desejo dadivoso, criativo, activo dentro das DANÇAS cisalhantes de si mesmo: uma DANÇA auto-expansiva, interpenetrada por sensações hipnagógicas: uma DANÇA amplificada por verbos intransferíveis, por forças alcalescentes à volta de uma paridura isotrópica onde os ofícios de sangramentos meteóricos rutilam: há encontros de agulharias duradouras, de sufusões ofídicas e de composições impensáveis a transbordarem incêndios cárneos nas pedras: há uma DANÇA dobrada a plasmar arterialmente as confianças de um vitral topológico no corpo: uma profanação incoagulável, um riso gravitacional e um insulamento de lavras vectoriais deslizam por meio de veementes feitiçarias aculeiformes: há uma DANÇA a talhar o real eternal com múltiplos intervalos incessantes de uma assintaxia combinada por volteaduras que não estão fora nem dentro estão nos atravessamentos dos GESTOS das zoomâncias: há uma DANÇA com disjunções heterogéneas e com voltagens de contexturas transitórias que batem desabaladamente nos arredores das histoplasmoses das fronteiras indiscerníveis: há uma DANÇA que ultrapassa as inscrições dos obstáculos isotérmicos ao problematizar-se com a glossolalia do mundo por meio de um microbionte estilizado por liames fragmentários do sensível: braçadas sanguíneas atravessam as fendas das cabeças plenas de pensamentos autotróficos e uma DANÇA exulta as riscaduras exócrinas com a hesitação dos berimbaus do silêncio que nunca se desfecham porque o corpo é sempre atravessado por desassossegos convulsíveis, por forças trágicas e por mapas caóticos onde as variâncias do inaudito e a experimentação catamenial do imprevisível estimulam as cortagens das sensações paradoxais com mudanças glandulares: o magnetismo dos espelhamentos ungulados atingem um prisma das valvas colossais: o GESTO é sísmico, é uma dismorfose, é uma tecedeira de anamneses, é um roubo de epifanias com arquivos diaspóricos, apofânticos a alucinarem entre os baques do vazio e uma pértiga vertebral: aqui-agora: as passagens das superfícies extremas exprimem o desejo gerador das bifurcações do real e de tramas costuradas efervescentemente pelas disreflexias dos vazios: há autonomias caleidoscópicas na DANÇA que diferenciam, impessoalizam, misturam repositórios medusantes, abrem linhas conexivas das carótidas e do espaço das rotíferas até às necrotomias: há uma DOR báquica, doadora, há sínteses de brasaduras intratemporais, há camadas crónicas de tempo com aglutinações melânicas indiscerníveis, há um jorro anorgânico, descentrado, há um aréu de demudanças dentro da duração do labirinto com angulações de acúleos animalizantes: ondas caleidoscópicas e halófilas recriam as rebentações caóticas dos GESTOS com as ressonâncias ontogenéticas crivadas por nervuras imperceptíveis: movimentos dobrados por fluxos em coexistência nómada, transmodal: o tempo absoluto do animal que absorve derrelições anapésticas dentro de uma povoação futurível: há uma saturação de escolhas em descodificação ao cimo de lances sismógrafos: há uma instabilidade religada aos micromovimentos DANÇANTES entre pontos ingluviosos, retornos de tempos histéricos e híbridos silêncios extremados à volta de passagens estrangeiras: profligação ourobórica inédita: DANÇAR o pensamento que gera o metabolismo sublunar do real com sentidos complexivos sobre as combinações das exocitoses de abalos moleculares: há SALTOS da imagem-tempo a traçar novos mapas fusogénicos com a coesão transversal das matérias da polimerização: DANÇAR os gérmenes do caos entre germinações dionisíacas que acreditam no mundo-DJ-biozonas e nas tremendas espessuras atomísticas dos garimpeiros dos choques sépticos que perfuram e envolvem o sentido sem reentrantes: há uma ininterrupta sublevação mitocondrial do vazio por meio de desenhos ritmados pelas disjunções entre a voz indecifrável e a visão da estranheza, criando dicionários da antimatéria do mundo: DANÇAR as forças involuntárias dos intermezzos das memórias atmosféricas com as fissuras infinitas abertas ao insulamento turbilhonar da demência e aos acasos hieroglíficos da histeria envolvidos pela potência térmica e por hemorragias de averbações subtis onde a complexidão do caos faz balbuciar os GESTOS entre rupturas plásticas larvárias: DANÇAR o animal amolador de topologias à deriva e os GESTOS invaginam-se nos cruzamentos sensitivos da improvisação microscópica: há ritmos com vigores improváveis a envolverem as multiespécies lamelares, as polifonias carbonâceas e os contrapontos microvesiculares capturados pelo caos que precede o GESTO: um SALTO endócrino sobre os bandos bastardos e os digressos simultâneos da desrazão: a estrangeiridade no corpo da DANÇARINA se acopla ao combate dos escoamentos da morte de uma FALA entre outras FALAS golpeadas tremendamente pelos assoreamentos dos vazios que aproximam um GESTO do incomensurável metaplasmo e dos devaneios fabuladores: a hibridização GÉSTICA se infinitiza nas evacuações sígnicas que tangem os extremos vulvares sobre a plenitude da criação de eternidades em perfulgência: aqui-agora: há DANÇAS a vasculharem hordas em incessantes cerziduras vesânicas: há DANÇAS a entrechocarem nas blasfémias electrizadas pelas micro-raias agramaticais: DANÇAR os feixes de golpeaduras que suplantam o GESTO com contexturas da animalidade do futuro gerado pelo vórtice do esquecimento: DANÇAR uma correnteza de vozes com golpeaduras multivariantes que compõem o caos copular e fazem multiplicar os bosquejadores do caos entre as dobras problemáticas do corpo e os alfabetos incógnitos com ecos distantes do absurdo: DANÇAR as alomorfias do mapa de um assalto ético que exprime o mundo na tradução insituável da cabeça revigorada pelas cauterizações das distâncias turberculizadas: DANÇAR a fundição dos instantes espirituais que deslizam no cérebro vertilhonante e na críptica prestidigitadora do esgotamento: DANÇAR o sacrare-profano no imprevisto das heteronímias que libertam os GESTOS com rastos acústicos ao cimo das plasticidades demoníacas do que há-de-vir: DANÇAR as polinervuras do estrangeiro com entrecruzamentos do improvável dentro de uma errância intrusiva que relança a sublevação do corpo para o alvoroço do inapreensível: um GESTO arralenta trajectos com as fissuras cataclísmicas que regeneram o silêncio do mundo por meio de um risco da visão insurgente: DANÇAR a estilização dos desaguadouros dos colapsos que trespassam o infausto colossal do espaço: DANÇAR os diagramas ilocalizáveis com as flutuações das geometrias videntes onde a duração das curvaturas da diferença inviscerada na diferença assimila a musicalidade das turbulências para libertar os deciframentos da matéria: DANÇAR as alteridades plenas de enciclopédias dedilhadas por lapsos clandestinos onde o geológico granulado, o abstracto real e as frisagens oblíquas acentram os GESTOS dentro de uma língua em devastação respiratória: DANÇAR a visão com os desvios sensíveis da intuição e dos ecos anorgânicos que absorvem o GESTO através de recomeços convulsivos e de trajectórias espélhicas: as irrupções do improvável e dos vadios arremessam mapas dos actos de FALA para os infinitos redobrados pelas hápticidades pulmonares: DANÇAR o entrelaçado dos fundos absortos do tempo com as presenças em fuga entre as físicas dos desassossegos e a DOR dos cânticos labirínticos: os planadores sanguíneos voltam-se para as fricções das vértebras do impensável: os blocos das hesitações dos bestiários fazem golpeaduras nos ventres cartográficos para adivinharem os mosaicos das anomalias que se traçam de alto a baixo nos catalisadores góticos do real: há avessos tensionados pelas subversões coextensivas das enxalmadoras: há assombros imunológicos de uma língua mudada entre o corpóreo e o incorpóreo até à marchetaria das lavras da improvisata: DANÇAR com os GESTOS escaladores que modificam as velocidades placentárias do tempo ao tracejarem a visão-mundo com as crenças das vozes múltiplas em gradação molecular: há geografias da polinização directa do tempo onde os fulcros do vazio infinitizam a duração das cabeças espelhadas por travessias de testemunhos alofilos: há laços de uma alma altiva nas fugas semióticas que se aliam à metamorfose dos deuses pagãos: há um silêncio na FALA de um riso enovelado pela catástrofe de uma fecundação incógnita: DANÇAR as desabotoaduras do desastre traduzido pelas dobras da pura génese. DANÇAR o imperceptível nas raias das rebentações do animal que se mistura com sublime do sentido de uma voz envolvida pelo acontecimento da decifração contínua do mundo: DANÇAR as forças monádicas com as oscilações incontroláveis que extravasam as hemorragias antecipadoras do exílio através dos vigores do ócio e do aglomerado de vontades das feiticeiras: há interfaces de GESTOS estilizados pela vastidão de bainhas dos itinerários caológicos: há uma matéria dos pontos abstractos a desmancharem-se no tempo da DANÇA através de enérgicas coexistências de um microcaos com velocidades intercessoras de esgotamentos e de lentidões que expandem e improvisam forças híbridas até à rasgadura compositiva que perfura as pulsações anónimas do animal: DANÇAR o aformal que expande os falsários do tempo com os poros acentrados do corpo: os tecidos finos arrancam os corrimentos intensivos de outro corpo por meio de micropercepções deformadas geradoras de imagens delirantes: DANÇAR e reconstruir os arrancamentos da carbonização germinal com os arroubos do acaso extremo dos bestiários porque as sazonações do corpo abrem-se às vidências de um devir absoluto sem qualquer finalidade: DANÇAR a hiemação do mundo escarvada pelo fôlego vegetal rés aos ancoradouros da erosão da impermanência invaginada pelos gritos da vernação: DANÇAR os heterónimos insaciáveis com latitudes ocultas e com as longitudes subtis que fazem diferir os rastros das extremidades da crueldade afectiva nas passagens de novos povoamentos das zoomorfias: há microfísicas membranares a enviesarem escarpas notâmbulas, há almas de futuros coexistências a balancearem nas rompeduras fisiológicas, há línguas de acasos trajectores a absorverem as artérias da adivinhação, há purgações clorofiladas em contágio com uma vida estilhaçada que nunca morre, há uma DANÇA de polinizações das iridescências à deriva que batem na FALA enxameada pelo torso extasiado do inumano: a vorticidade do sangue entoa e relampeja na desaparição das traqueias da DANÇARINA e tenta abrir uma passagem de recomposições plásticas para descodificar a antropofagia de uma cabeça belzebútica sem qualquer piedade: os dedos angulam-se e atam-se à queimadura da cabeça com todas as células maternais à volta de uma rosa inabitável: há uma RÉ-existência a vibrar dentro da conflagração da lucidez DANÇADA pelos cortes escarificadores do caos pleno de dínamos de uma duração inventiva: há uma ralentação velocíssima na DANÇA que ressurge inesperadamente da absoluta matéria com subducções de vozes invasoras e de gerúndios cristalinos: DANÇAR os vitrais-góticos com cesuras voltaicas envolvidas por feitiçarias catatónicas e por inconscientes irisados entre vidências ínubas onde as memórias ontológicas atingem os ritmos há los anfibianos: DANÇAR uma amostra pulsional dos fractais demoníacos com os retalhos sígnicos larvares entre os espelhamentos de uma pré-devastação GÉSTICA e hebefrénica dentro do pensamento insituável: DANÇAR a transdução dos rastros magnéticos sobre as golpeaduras lisas do acaso e da descarnação do indecifrável: há fluxos de timbres ilocalizáveis, de GESTOS globulosos que extravasam uma enciclopédia de curvaturas em fuga onde o sangue pontilha as bainhas cerebrais com as modificações geodésicas ao cimo de malhadeiras jugulares: há uma mutação de epidermes extrusivas rés às escavações dos GESTOS respiratórios que tangenciam, disseminam, espiralam rasuras gravitacionais, manchas das distâncias por meio de um micro-mangue de esquecimentos anatómicos: há uma invocação dentro da obscuridade onde uma irrupção silenciosa, turbulenta, desenlaça os latejos dos abismos com o tempo infindável de um recomeço múltiplo à volta das suas próprias sombras intervertidas que auscultam a etologia craniana do real: DANÇAR os espaços sinestésicos das catástrofes bactrianas que ainda duram na voz flutuante de um vocabulário analfabeto onde as mandíbulas zoológicas levantam as suas limalhas por meio de escorpiões polibulados: DANÇAR os varejos das coalescências de uma multidão com rachaduras emaranhadas artesanalmente pelas anomalias dentro de ruflos hiperplásicos: DANÇAR as microtonalidades das falhas biogénicas com o sangue das musculaturas da expiação e das secagens apócrifas que fazem os GESTOS assimilarem as refracções minerais entre as lançaduras acústicas de uma revivescência cerebral: há ciclos catabólicos inviscerados nos batuques das enxertaduras dos espaços, há intemperismos cruéis dos estendais das vértebras a dilatarem eolicamente as espessuras dos êxodos: há estremeções do invisível gerador de uma existência disforme e quase-freática: DANÇAR as anergias dos deciframentos do mundo que batem nas vozes tridáctilas, nas clepsidras biónicas e nas dióptricas flamantes onde advirá um GESTO por dentro de uma visão de cutelos heréticos e babelicamente sanguíneos.
In livro ARCOBOLETA-DANÇAR 2020 Luís Serguilha.
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Luís de Serguilha. Nasceu em Portugal. É poeta, ensaísta e curador de ARTE ibero-afro-americana. FALAR É MORDER UMA EPIDEMIA, OS ESGRIMISTAS DO À-PEIRON e ACTRIZ ACTRIZ o PALCO do ESQUECIMENTO e do VAZIO são os títulos dos seus livros mais recentes. Criador da estética do LAHARSISMO. Os seus ensaios envolvem-se nos atractores estranhos que atravessam o corpo-arte-pensamento
Foto de Luís Serguilha por Carla Barroso Coelho.
Fotos da dançarina Mariana Muniz por Cláudio Gimenez.
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