Desmemória
O Carvalho, com as pôlas
termando do céu,
semelha a lápida
de um velho anjo de terra.
Onde descansa
a tua Desmemória?
Dono do silêncio
é o teu altar de marfim,
e gregas as figuras
que guardam o teu leito.
Há lugar no peito
para tanto abraço?
Por um acaso
perderam os meus ouvidos
o teu som de Deus?
Quiçá, após tudo,
seja a própria
Desmemória, aliás
da descrença,
a minha terra sem anjo,
o meu Além sem Deus.
You might also like
More from Fotografia
Sobre “Luz e mar en Setefogas”, de Helena Villar Janeiro | Xacobe Meléndrez Fassbender
Retorna o ciclo de "Nómades: entre a palabra e a imaxe" com a mostra fotográfica "Luz e mar en Setefogas", …