Eduardo Ribas Fernandes (Serantes – Ferrol, Galiza, 1954)
Aos 14 anos recebe como presente uma câmara fotográfica Nera 35 (Negra Industrial) com a que começa a fotografar. Posteriormente tem accesso à Regula King KG de 35 mm do seu pai e já com 19, em 1973, dispõe duma câmara reflex e várias objectivas.
Foram anos de auto-formação com a ajuda de livros técnicos, revistas (Nueva Lente), laboratório da AFFA (Amadores Ferrolanos da Fotografía Artística) – uma secção da SAF (Sociedade Artística Ferrolana) – e depois, laboratório próprio; participou em várias exposições colectivas nas instalações da SAF e desenvolveu muito trabalho de campo (ou melhor dizendo pelas pradarias de Serantes). É nesta altura que faz amizade fotográfica com o ferrolano Argemiro Malde, um incondicional da AFFA.
Em Compostela, de 1973 a 1975, coincide com o artista multifacetado ferrolano Ricardo P. Rilo experimentando com o filme diapositivo soviético Orwochrome.
Já em Ferrol assiste à apresentação do processo auto-positivo Cibachrome (Ciba Geigy) e consegue um kit de trabalho para papéis até 20×25 cm para sonhar e renascer ao mundo da cor perfeita.
Entre 1976 e 1979 colabora fotograficamente com os semanários Teima e A Nossa Terra. Junto ao fotógrafo cedeirense Moncho L. Sabim, retrata uma viagem pela Costa da Morte.
Em 1981, com Manuel Vilarinho, forma em Carinho (Corunha), um coletivo de dous, Fotografia NÓS, entrando no campo do meio Formato e profissionalizando-se. Entre os seus trabalhos mais importantes destacam-se retratar a arte mural em Euskadi e positivar os negativos do grande fotógrafo galego e universal José Suárez para uma exposição em Ferrol.
Em 1987, com Manuel Caldevilha (Mangi), funda em Ferrol IRIS VIDEO, atendendo à gestão do “Taller Municipal de Vídeo de Fene”, além de criações audiovisuais e fotográficos para particulares, empresas e instituições como a ASPG, concelhos ou a Junta da Galiza.
«Na altura, simplesmente, gosta de fotografar e de olhar para onde é que vamos, ou não vamos, nesta nação sequestrada».
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