Como vai sendo (ir)regular, na minha colaboração com a Palavra Comum, quando posso, junto as artes todas numa. Desta feita dou-vos a conhecer um lançamento sonoro de VRILnoise, sediado em Santander, que se faz acompanhar de uma foto de Tiago Eira (do colectivo A Besta) e um poema da minha autoria. INFINIT é um momento de exploração das entranhas sonoras de um ser e foi lançado a 2 de Abril na Netlabel Partícula.
de um simples sopro
nasce a vontade de mergulhar no infinito.
primeiro um passo em sussurro
depois uma descida aos infernos e ao núcleo da existência.
sorrateiramente como embrião primeiro
o peixe de onde emanam os anfíbios, viaja-se calmamente
entre o profundo conhecimento de uma dor radical
e o desejo intrínseco de sucumbir às paixões
é hora de adormecer, voltar à terra,
revestir-se de cores primárias
escolher um novo sopro
e encontrar os estalidos que o corpo faz
de cada vez que acordas.
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