não sei quando cortámos os fios
que nos pendiam dos dedos
quando extinguimos o fogo do Lar
que queimava em todas as casas
e formava uma malha de luz
para distanciar as sombras
não sei quando esquecemos os nomes dos homens
nem os mantras que nos salvavam do abandono
não sei quando morremos
sei que ainda estamos mortos
Alcanhões, 21 de Julho de 2015 – 13h06
Samuel Pimenta
(inédito)
You might also like
More from Poesia
Andar dentro da pedra da infância | Poesia de Raquel Gaio
Raquel Gaio. Licenciada em Letras, atua nas áreas da poesia e artes visuais. Escreveu os livros de poesia “manchar a …
5 poemas de Mírian Freitas
Mírian Freitas, mineira, reside em Juiz de Fora, doutora em Estudos de literatura (UFF), lecionou em Massachusetts (EUA), atualmente é …