fotografia de Nuno Mangas-Viegas
Há manchas que, quando vistas de perto,
são estradas circulares, circunvalares ao caminho de um sonho
um passado guardado de medos, uma clareza de espírito aberto.
Onde a prisão se faz para os pés
os passos surgem como espectros, que simbolizam folhas
escritas à mão por alguém na distância, por uma memória infalível.
Onde passou uma palavra a voar, rente ao ouvido esquerdo,
há um eco gravado no semblante do sonhador, ou talvez linhas
rascunhadas por sombras de medos,
liberdades que falam de sonhos.
Na mancha não ficam receios, é apenas segurança das paredes,
um olhar mais arcaico da noite, caminhos para os passos que seguem,
que ecoam nas nossas memórias como hoje.
You might also like
More from Fotografia
Lúa Ribeira: “Subir ao ceo” para baixar a duras realidades | Lito Caramés
Nesta primeira metade de 2023 e na cidade de Donostia, está aberta unha ampla e contundente mostra da fotógrafa Lúa …