Berrogüetto é, para quem isto assina, um dos melhores grupos de música que tem desfrutado. A maneira de trabalharem, com um grande dinamismo interior, à procura permanente de novos diálogos com outras músicas e artes, com o compromisso de oferecer sempre o melhor que sabem para elevar em tod@s nós o horizonte de beleza, intensidade e conhecimento, é algo que não se deve deixar de agradecer aqui, publicamente, por quem sentimos pesar por finalizarem agora o seu caminho conjunto, mas estando certos de a sua semente ser de uma potência tal que tornou o mundo um espaço muito mais habitável, sonhado desta maneira tão profunda por vós, Anxo, Guadi, Guillerme, Isaac, Quico, Quim, Santi e Xabier. (A foto que acompanha acima este texto é de Xoán Piñón).
Como pequeno contributo e agradecimento, torno público este poema escrito em 2010.
Por tudo o que achegastes,
Ainda a arder em nós.
Bem longe viajam as pupilas do coração,
Entre as sete estrelas situada a ânsia das
Raras pérolas que abrolham, férteis, nas
Ruas nunca perdidas onde descansa o ser.
Os belos animais da doçura acham nome,
Ganham consistência de marés últimas, a
Uma enorme icária invisível transportados.
Esta é a viagem dos sentidos iluminados,
Tremem alquimias ferozes operando na
Trave dos corpos a acharem um sol aberto,
O início de uma viragem para o fogo último.
Janeiro de 2010.
Fotos de Juan Luís Rua no concerto do 13 de Junho de 2014.
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