Para o António Cândido Franco, com afecto.
As mãos percutem no eterno,
dançam na linha nua do sol
entrando sob a pele como
espelho a ferver no sonho.
Filhos da saudade sem olhos,
indagamos no subterrâneo com
a boca iluminada de penumbra,
ourives da espera incendiária,
habitantes do fluxo onde somos
língua do invisível, livres
para amar na dilatação das
pupilas abertas dentro da carne,
irradiações de um astro anterior
aos corpos, com o coração em
fogo líquido a entrar na noite
convertida em cópula do universo.
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