Acaba de ser publicada Sefer Sefarad, de Pedro Casteleiro, por Azeta Edicións. O livro já está disponível na Libraria Azeta da Corunha e neste perfil de Amazon. Além disso, o público interessado pode seguir esta página web e este perfil em facebook. A listagem completa de pontos de venda pode ser consultada no fim deste artigo.
Desde Palavra Comum agradecemos ao autor e à editora que facilitassem a publicação de 2 poemas da obra, precedidos por esta entrevista:
– Palavra Comum: Que é para ti a poesia e que vinculação tem com a Realidade?
– Pedro Casteleiro: O poético é um outro nome do Real. Criar é reunir-se.
– Palavra Comum: Como entendes e praticas o processo de criação poética?
– Pedro Casteleiro: Pratico a criação vivendo conscientemente.
Lembro estes versos: ‘Na tua luz aprendo como amar. Na tua beleza, como fazer poemas. Danças dentro do meu peito, onde ninguém te vê, mas eu às vezes te vejo, e essa luz se converte nesta arte.”
– Palavra Comum: Quais são os teus referentes criativos (de todo ponto de vista)?
– Pedro Casteleiro: A tradição poética, a poesia tradicional nesse sentido de invocação, de regresso à Realidade, na nossa língua: muitos trovadores, Camões, vários surrealistas contemporâneos. A literatura tradicional, em geral, de todo o planeta, de qualquer época (Shakespeare, Cervantes, Ibn ‘Arabi, a poesia grega arcaica…)
– Palavra Comum: Que caminhos (estéticos, de comunicação das obras com a sociedade, etc.) estimas interessantes para a poesia, e a arte em geral, hoje?
– Pedro Casteleiro: Aqueles que servirem à felicidade, que aumentarem a consciência. Qualquer um que funcionar vai ser interessante, as formas são os fins.
Ora, para mim, é imprescindível a música, em relação com a comunicação poética.
– Palavra Comum: O que achas das relações existentes entre a Galiza e a Lusofonia, e para onde consideras que se deveriam/poderiam dirigir e confluir de maneira enriquecedora?
– Pedro Casteleiro: Essas relações devem ser otimizadas, por todos os meios. É positivo para nós, Galegos, para toda a Lusofonia e, além disso, constituem um elemento de coesão global –ou isso deveriam significar.
POEMAS
As palavras fronteiras
com o nada, feliz
longe das luzes
urbanas,
a elevar um aeroplano crucifixo,
por uma pista de aterragem
para o final
dos olhos.
E assim vamos
as canções harpando,
como um inocente incêndio
que tritura
sobre a beleza da terra as torres
decepadas,
últimos triunfos olvidados
na solitária certeza da garganta.
Tarantela da noite de São João
A Táti e Alfredo
Quem dança por mim
sou ou não
sou
nesta nossa antiga dança nasce
uma fogueira nova,
onde se reencontram o espírito
e a terra.
Após a noite
quem dança, aquele Anjo
que avança com sangue nas pupilas,
acende luminárias
que não eram
–e não mais permanecerão ocultas.
Dança de luzes ignotas.
Velha amante amanhecida
no meu peito.
PONTOS DE VENDA DE SEFER SEFARAD
CORUNHA
1. Libraría Azeta (Praça José González Dopeso, 1). No facebook aqui.
2. Libraria Couceiro (Rua Enrique Dequidt, 12, baixo).
3. Libraría Nova Colón (Rua San Andrés, 112).
4. Libraría Sisargas (Rua San Roque, 7).
5. Livraria Suévia (Rua Vila de Negreira, 32).
6. Librería Xiada (Avenida de Fisterra, 78, baixo).
7. Café e Livros Linda Rama (Rua Porta de Aires, 4, baixo).
8. Librería Carballido (Avenida dos Caídos, 4).
ARTEIXO
9. Libraría Á Lus do Candil (Rua Historiador Vedía, 3).
SANTIAGO
10. Livraria Ciranda (Rua Travesa, 7).
11. Libraria Couceiro (Praça de Cervantes, 6)
VIGO
12. Libraría Cartabón (R/ Urzaiz, 125, baixo).
13. Andel Libraría (Rua Pintor Lugris, 10).
BETANÇOS
14. Biblos (R/ Santiago, 4).
PONTE-VEDRA
15. Libraria Paz (R/ Peregrina, 29).
LUGO
16. Librería Trama (Avda. de A Coruña, 21, galerias).
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