Sobre o Premio de poesía M. González Garcés

Claro, e non lles dixo que se aceptaban a impugnación tamén podían acabar no xulgado?

a ninuém lhe indignam as razons expostas hoje na Voz de Galicia?

Un asesor xurídico da Deputación coruñesa acompañou en todo momento aos membros do xurado e «indicounos que se rexeitabamos a impugnación que presentou o finalista o asunto acabaría nun xulgado, que sería o que tomara a decisión final».

Eva: eu tamén estou a pensar que un xuri de hoxe ten que facer unhas comprobacións mínimas, seguir un estándar dado que imposibilite que os apañen entre os fogos da inxustiza contra un ou contra o outro. Un procedemento devía existir que impida isto, con comprobacións suficientes en tempo e forma, con apoios técnicos se preciso, e desde logo cunhas bases ben explícitas que favorecesen unha actuación limpa e absolutamente rigorosa.
Iso ou adherir a outra opción posíbel, máis atrevida: promocionar un concurso sen plica, con nomes e títulos á vista, como me consta que proporía Tati Mancebo. Así os favores non poden ser encubertos. Será capaz alguén de organizar un premio deste modo neste país, con todas as cartas viradas sobre a mesa?

Igor: estou de acordo con moito do que dis. Primeiro, con que a organización do premio podía ter intervido de varios outros xeitos que para máis gañar en consideración o premio que rexentan. Acho que se entalaron nunha decisión maniquea pouco produtiva para estas circunstancias, e afirmo isto sobre os datos que coñecín, porque quen sabe todo o que se movimentou por aí!
E segundo, esta actitude que tomaron deixa abertas grandes fendas na confianza pública como as que nomeas no teu parágrafo penúltimo: “Se Eduardo tivera 20 ou 30 anos mais e fora um pretendido pai da nossa literatura, um gardiam das essências ou um autor de betsellers, com respaldo por tras dele de grupos mediáticos e demais, outra mui distinta teria sido a decissom do juri.” O facto de esta reflexión ser posíbel fai duvidar muito da virtude da decisión final tomada pola organización.

firmo cada uma das palavras do alfredo e practicamente todas as do igor. só uma puntualizazom… as bases som as que som, nom tem de admitir que som ambíguas. acho que o júri tinha de ter a coragem de frear os amiguismos, influências ou o que quer que fosse defendendo uma postura máis ética e literária. eles também som responsáveis das decissons que tomam que para isso cobram por estar num júri(nom o esquezamos). neste país é bastante dificil manter posizons innovadoras ou rupturistas… alguém lembra o momento complicado que viveu Rafa Villar nom há tanto? ou já nom temos memória?
nom existe esse respeito para os direitos de autor, correctores, editores,…, desde o momento que o que quer defender a razom da sua impugnazom nom tem criterios literários e alega um simples “xogou coas cartas marcadas”. é indignante que o júri nom valorasse antes de emitir falho a situazom com a rigorosidade que se lhe esixe e por tanto também tem responsabilidade mas nem só… a filtrazom de dados confidenciais nom foi usado com motivos bons senom para fazer dano a um colega e por tanto deveriam depurar-se responsabilidades… e nem só… todos os que queremos de alguma forma temos de dizer algum dia “basta!” porque nom podemos seguir ignorando coisas tam recentes como o JOhan Carbalheira, como Arsenio Iglesias ou Eduardo Estevez… eu também aguardo com interesse o encontro da aelg esperando que sirva para algo mais do que seguir mantendo esta situazom vergonhenta…

Estou dacordo com muitas cousas das que dis.
Ao meu modo de ver -e sem entrar nas (para mim evidentes) provabilidades de que X.Lama obtivera informaçom privilegiada por parte dalgum membro do juri para fazer a sua reclamaçom-, dado o problema, o juri escolheu a pior das opçons possíveis.
Tinha quando menos outras duas opçons ou possíbilidades, penso eu:
a) Aceitar que as bases eram ambíguas e davam lugar a conflitos, recomendar a sua revissom e modificaçom para posteriores convocatórias, e manter o prémio a Eduardo.
b) O mesmo que a anterior, mas tirando-lhe o prémio ao Eduardo (se é que consideravam que a sua actuaçom anterior, como juri, fora tam nefasta. Em todo caso o problema é da (in)competência do juri, nom do Eduardo), e manter-lhe o accesit ao X.Lama, que nom ganhou um segundo prémio, mas um accésit. Isto nom é o Tour ou as Olimpiadas, onde a desqualificaçom do primeiro supom a subida ao podium do segundo.

Com a opçom escolhida, o que fam e levantar um grande cúmulo de suspeitas sobre a sua actuaçom anterior e posterior, e consiguem que o González Garcés entre no grupo de prémios dos que convém desconfiar (e já nom som poucos com os que isto acontece).

Ainda umha reflexom mais. Se Eduardo tivera 20 ou 30 anos mais e fora um pretendido pai da nossa literatura, um gardiam das essências ou um autor de betsellers, com respaldo por tras dele de grupos mediáticos e demais, outra mui distinta teria sido a decissom do juri.

E, por último, o que aqui está em causa, ao meu entender, som os direitos de autor (que nem sempre, e provavelmente poucas vezes) som medíveis em termos económicos exclussivamente como nos querem fazer entender muitas vezes. O direito ao respeito, à dignidade, ao tratamento corrector das obras, etc… som também, e sobre todo, direitos de autor/a. Deveriamos falar disso.
Aguardo que na fim de semana, no encontro que organiza a AELG, os e as autoras novas podam e tenham ganhas de falar disso. Eu nom poderei estar, por motivos laborais e familiares, mas desde aqui fago a proposta. Este caso, junto com o do Arsénio Iglésias e outros, requirem algum tipo de reflexom, debate e resoluçom conjunta.