Tres razóns para o exilio

A proposta penso que en orixe non era máis que unha simples protesta sobre a situación social… hispánica, poderiamos dicir sen errar (inclúo Portugal, portanto), nunha época de “postmodernidade” (?), estrea de século e un tanto difuminados aqueles delirios de progreso de oitenta que vivimos na nosa primeira xuventude. Agora é unha miga provocativo ante certas actitudes falar en termos de exilio, máis aínda que de emigración, nalgúns casos patente.
Mais non debes preocuparte polas derivas do tema. É o que comunmente acontece na interacción reticular. Responde ao modo vivo, serpenteante que ten este medio de aprofundar, terxiversar e enriquecer os asuntos a debate. A túa perspectiva foca a profundidade da visión vital, de onde tentas analisar e valorar os modos de acción. É totalmente lícita e está argumentada. Nada en contra pode haber relativamente a iso. Descontráete e aproveita as oportunidades de intervención coa maior fluidez de pensamento e teclado. É a miña recomendación, e unha teoría que acabo de improvisar e estou lonxe aínda de aplicar, porque son aínda rixo de máis…
O levantador de minas é con estas poxas ideolóxicas que gaña de verdade. Fico feliz de ver como isto agora anda! A ver vamos onde nos leva!

Graças, Alfredo:
Muito provavelmente o reconhecimento que se dá ali onde menos útil nos parece seja no fim de contas um falso reconhecimento e um auto-engano. Quanto ao reconhecimento que não se dá, pode ser simplesmente que não seja ostensível ou patente, mas quando acontece, acontece. O que eu procurava transmitir, através de uns aforismos é o que pensava era uma equívoca formulação da proposta (razões para o exílio) não tanto a resposta como tal, que tem uma vocação positiva e sincera e na que por outra parte concordo como diagnóstico.
Outra questão está em certo desânimo que as pessoas e os grupos podemos encontrar ao escolher como espelhos essa “vida en sociedad” que diria Roger Colom e que leva em si um elemento inevitavelmente frustrante. Aqui é onde tem lugar o aforismo do reconhecimento. Esse espelho distorsiona e não da lugar a um veraz reconhecimento. Mas o ser humano precisa formas de reconhecimento veraz, real. Se não o encontra logicamente há problemas.
Enfim, amigo Alfredo, pedo desculpas se o meu modo um tanto “lançado” foi ofensivo, porque teria sido injusto. Injusto para com um amigo que generosamente abre este estupendo blogue e que, aliás, tem uma intenção firme e positiva de compartir e aprender conjuntamente. Só quero dizer, que a crítica era a um estado de ânimo não a um projecto o a umas pessoas. Se fiz qualquer mal, terei que repará-lo ou pagá-lo, não há dúvida.

Amigo J. A. Lozano:
O que me interesaba saber é por que o recoñecemento que non se procura e se merece non acontece, e sen remedio crece onde menos útil nos parece.

Canto aos outros, é peor o que se queixa que o xactancioso sempre que o segundo non estexa orgulloso de ter batido no primeiro, despois queixoso (hai xente que aproveita até os aforismos para ficar impune).

No entanto, concordo, as lamentacións non solucionan. É por iso que non poden ser máis que un xesto (optativo) e non un remedio. Para mudar a realidade é preciso actuar nunha dirección distinta, na secuencia dunha vontade de novo orientada.

O exílio, por acaso, é estar aqui.

Não há em tudo isto um pouco de autocomprazer-se?. Não é um discurso eterno da queixa? Haveria três razões, polo menos, para não se exilar: o facto de um não ser pessimista, nem perralheiro nem desconfiado. Por outro lado, a que magnífico lugar se exilariam os exilados?
Um homem procurava a chave baixo um farol. Na verdade perdera-a na casa mas ali havia mais luz.
O exílio não consiste em mudar o corpo de um lugar a outro. Também Cadaval contava aquela história de um homem que fugia da morte mas esta encontrou-no finalmente, não é assim?
Sem tirar verdade ao que foi dito isto é para balançar um pouco o tema.
E finalmente um aforismo: “Buscar o reconhecimento denota que não se merece”. E se este aforismo não é abrangente ainda este: “Há algo pior que um homem jactancioso: um homem que se queixa”.

Grazas, María, pola aclaración. A verdade é que cría lembrar que o concepto tiña nacido no colo do grande Cadaval, e que a min me tiña chegado vía o xenial Xepe Casanova ou o talentoso Roger Colom. Acontece que ultimamente recibín referencias deste concepto como vencellado a persoas non menos inspiradas que estes. E os que non temos unha grande memoria sempre acabamos desconfiando da nosa erudición, por non pretender precisamente atribuír méritos inxustamente.

o perralleirismo foi termo asinado hai sabe deus canto tempo pola boca do mestre cadaval en referencia o teatro de mofa e befa. atinxe tanto á estética coma ao método de traballo e está relacionado con esa máxima publicitaria dos tenis: just do it, é dicir, faino. e ademais faino co que teñas a man. algo así como que calquera cousa é susceptible de ser convertida en artística. ben, é todo unha filosofía, aínda que eu non son a mellor persona para explicalo, pero vaille por aí.
😉 saúdos!