Esto es más necesario en Galicia, porque se ignoran sus anales, los pocos libros que acerca de su historia se conocen son incompletísimos, y lo atrasados que se hallan entre nosotros los estudios históricos, hacen imprescindibles aquellas noticias, sin las cuales seria incompleta la idea que se diese del estado intelectual de este país en sus diversas épocas.
Manuel Murguía, 1862.
Que é que podemos fazer? Que é que queremos logo? Realmente queremos algo?
Sem explicar e reconhecer a doença, difícil remédio há. Também há crônicos que nestas crônicas de desalento moram felizes e se contemplam heróicos nos espelhos. O que podemos fazer dependerá do que queiramos fazer.
Que não queremos nada, não sonhamos nada, pois não movimentamos nada, continuamos a conversar nas tabernas e nos blogues e nada. A aguardar, lendo Omar Khayam, engatando os belos olhares dos leitores do outro sexo, e bebendo de vinho, pola morte lenta.
Que queremos ganhar dinheiros autores e editoras com o mercado actual, sem passarmos para o sistema castelhano ou luso, haverá que eliminar autores e editoras para repartir de jeito equilibrado o pastel, que é pequeno e não cresce. Apenas com que o estado deixe de destragar dinheiros em livros, filmes e teatro e invista em bibliotecas, bibliobuses, internet gratuito, campanhas de alfabetização de adultos… era boa.
Que somos patriotas e não nos importa o dinheiro? Então o melhor é fazermos cooperativas literárias, pôr umas quotas e receber cada mês ou trimestre uma listagem de bem editados e belos livros, escrever nós e intercambiar com os amigos. Que somos mais arriscados e tecnológicos, pois abrimos blogues e, de quando em quando, nos agasalhamos PDFs gratuitos e ceives.
Que queremos escrever boa literatura, fazer progredir a língua e criar um sistema literário, necessitaremos menos, mais sérias ou mais profissionais editoras e autores em competição permanente (o que se lograria, penso com eliminar toda ajuda pública). Mas, ainda teremos que dar tempo aos autores, não pretender tirar uma obra por ano, e exigir das editoras que cumpram o seu trabalho de escolha, assessoramento, correição e edição como dos críticos que sejam profissionais (quanto amáveis).
Mas, de qualquer jeito, e ainda no sistema, muito se podia fazer ainda. Primeiro, porém, há que deixar de contar e crermos as mentiras de sempre.
More from Críticas
Sobre “Estado Demente Comrazão”, de Paulo Fernandes Mirás | Alfredo J. Ferreiro Salgueiro
Estado Demente Comrazão é um livro complicado. É por isso que não está na moda. Parabéns ao seu autor!
O tempo das “Não-Coisas”. E o uso excessivo das redes sociais segundo Byung-Chul Han
"O que há nas coisas: esse é o verdadeiro mistério" Jacques Lacan Agarramos o smartphone, verificamos as notificações do Instagram, do Facebook, …