I.
Este é o momento
o momento em que não faz nenhum sentido
em que o poeta se debruça
do espelho
E se olha
ou olha o poço da sua sede.
Da sua desordem atómica.
II.
Agora
vivem todas as vozes.
Logo vem o silêncio
de que ninguém é cantor.
Tão breve
(O tempo todo:
A memória da sua boca.)
A sua boca uma estrela que talvez já não existe.
O tempo todo um pardal à velocidade da luz.
Pedro Casteleiro
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