Histórias de Amor com Aromas do Mar embala-nos pelas doces ondas do mar e da paixão, do desejo e do amor, das trevas e da luz, afinal, todas as histórias de amor têm sempre aromas que nos transmutam
Célia Evaristo Poesia no Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor celebra-se a 23 de abril, domingo. Sendo a Palavra Comum – Revista de artes e letras, ao longo de vários anos, impulsionadora de iniciativas ligadas aos livros, à literatura, ao incentivo da leitura, estimulando eventos com escritores, não podia deixar de celebrar esta data. Convidamos a dar voz a um dos seus poemas, a escritora portuguesa Célia Evaristo.
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Célia Evaristo nasceu em Tomar, a 11 de fevereiro de 1980. Licenciou-se em 2002 como Professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico, na Escola Superior de Educação de Santarém, profissão que exerce desde essa data. A escrita faz parte da sua vida desde que se lembra, assim que aprendeu a ler e a escrever. Participou em concursos de conto e de poesia, tendo sido distinguida com diversos prémios literários. Viu publicadas histórias e poemas que escreveu em jornais da cidade onde nasceu e em alguns jornais nacionais. Entre 1996 e 2004, nos seus tempos livres, foi locutora em duas rádios locais, onde também declamou poemas da sua autoria. É autora da página do Facebook “Histórias de Amor com Aromas do Mar” na qual, desde 2021, partilha um pouco do que escreve e as suas aventuras no universo da escrita. Tem participado como coautora em diversas antologias e coletâneas poéticas. Publica regularmente poemas seus em vários grupos de poesia nacionais e internacionais. É cronista na Helicayenne Magazine Portugal. Em maio de 2022 publicou o seu primeiro livro de poesia Histórias de Amor com Aromas do Mar (Oficina da Escrita).
Carla Nepomuceno. Galiza, abril de 2023
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CORAÇÃO DE FILIGRANA
Tenho um coração de filigrana,
pois o que tinha de porcelana,
caiu ao chão, se partiu.
E o que vivia cá dentro de mim,
de tanto amar, sucumbiu.
Apanhei os pedaços de porcelana,
mas a cola não os juntou.
Tentei dar vida ao meu coração,
mas de tanto sofrer
não ressuscitou.
Guardo então o coração de filigrana
junto ao meu peito,
para ninguém o ver.
É o único coração que agora tenho
e não o posso perder!
em Histórias de Amor com Aromas do Mar (maio 2022, Oficina da Escrita)
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