Charlotte Corday é uma ilustração do artista corunhês Javi Prieto (cfr. web do autor).
«Natural de Saint-Saturnin-des-Ligneries, Charlotte de Corday era descendente de uma família da aristocracia da Normandia. Educada em um Convento Católico-Romano em Caen, ela mesma se considerava uma devota dos ideais católico-iluministas de sua época, e foi de grande suporte oposição à Revolução Francesa em 1789.
Quando a notícia da morte do rei correu a cidade, em plena Revolução Francesa, ela ficou horrorizada. Mais ainda porque uma guilhotina tinha sido instalada na praça Saint-Sauveur, em Caen. Denunciado Marat como o autor intelectual da Revolução pelo Partido Girondino.
Após isso ela pediu um passe de autorização para ir a Paris. Em 8 de julho de 1793, sabendo os riscos que estava correndo, escreveu uma carta de despedida ao pai.
Após duas tentativas frustradas, às vésperas do 4º aniversário da Tomada da Bastilha, mais precisamente sábado a noite, 13 de julho, Corday bate à porta de número 30 da rue des Cordeliers (atualmente 22 rue de l’École de Médicine), residência de Jean-Paul Marat, Deputado da Convenção. Como Marat sofria de uma doença de pele cujos ardores somente se aliviavam com prolongados banhos de imersão, razão pela qual não recebia visitas com muita frequência. Charlotte tinha em mãos o que dizia ser uma lista de nomes daqueles que discordavam da Revolução, provavelmente com os nomes de amigos e parentes. Pegando uma faca, cravou-a no coração de Marat, que antes de morrer implorou Aidez, ma chère amie! (Ajude-me, cara amiga!)
Ela levava sua certidão de nascimento no bolso, pois presumia que seria linchada pela multidão.
Charlotte Corday foi guilhotinada no dia 17 de julho de 1793, quatro dias após o assassinato. Durante seus quatro dias de julgamento, testemunhou que havia realizado o assassinato sozinha.»
You might also like
More from Ilustração
«Nunca mais» é a bandeira dum humanismo fulcral | Leandro Lamas & Alfredo J. Ferreiro
As costas de Portugal e da Galiza vêm de ser de novo poluidas até ao paroxismo. O artista Leandro Lamas …
NOVAS VELLAS MARXES: Afra Torrado, multidescendencia do eu | Emma Pedreira
Proxecto Nómades: mostra "Mete coitelo, bota tripas", de Afra Torrado; crítica realizada por Emma Pedreira.