Homenagem a Helena Villar, com afecto.
Herdeira de um alfabeto branco,
Entra, abjuradora, no confim da
Levidade, abraça a carne da espuma
E gravita entre o tempo enquanto é
Nascida a uma espiral de palavras loucas,
Ascendendo-nos entre a penumbra da língua.
Voa sobre o silêncio, na crepitação das
Ilhas em que se desnuda e rola até
Levantar dos mapas as campas do medo,
Libertando a líquida floração dos amantes
Amencidos no poema como pólen sideral,
Refundados na união demorada da cópula.
Abril de 2012.
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