Para María Xosé Bravo e Carme Vilariño,
operárias de sonhos urbanos, caminhantes do saber.
Cidade dançante na
alquimia transparente
de um rio sem margens,
habitada no fio que une
todos os pontos da luz
numa fraterna cadência:
vibra um arquipélago
de filamentos no
interior da língua,
fecundadores do
inaguardado, a encher
de pólen os órgãos
centrais deste corpo
vastíssimo e invisível,
ubicador de estrelas
nos mapas diurnos
que entrelaçam mundos
como estouram as palavras
no fluir fascinado do poema.
Aqui alçamos a visão até
ser chama vulneradora
do tempo, som evoluído
da beleza a percutir
no coração, fulgurante
e incompreensível,
adentrados num
amor sem pausa.
Julho de 2011.
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