(Premir no título para ver em detalhe)
Tenho convivido com a obra “Presença” há muitos anos, porém até hoje ela me intriga.
É um dos meus primeiros trabalhos da série “Mundos Intrincados” e sua origem ainda está aqui, comigo.
Quando olho para ela, em minha sala, vejo o quanto emite “seus sons sem sons” e o quanto esta presença é inquieta. Chega a me incomodar. Parece que criei uma espécie de monstro que me observa. Criticamente me observa.
Ao parar e olhar para ela durante algum tempo, ela começa a me lembrar o quanto a vida é poderosa no presente em que ela é ou está apenas sendo. O quanto o presente é rico e mágico quando temos consciência de sua presença.
Encontro uma boca no centro. Uma boca oca, sem voz, pois é feio gritar.
Congelada há tanto tempo, mesmo assim ela grita. Grita sim. Depois, só depois, resolve calar-se e observar. Você não viu, mas eu vi!
Apenas quando se cala, observa a grande presença que somente o silêncio torna presente para quem a presencia!
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