POEMA
Estalada por dentro
a criatura que sonha
entre os nossos braços,
cai a luz como um golpe
na estatura do silêncio,
enquanto derramamos
sobre a mesa o sangue
do coração desabitado
e continuamos a tecer
fios entre a penumbra,
com um sol extraviado
mostrando as brânquias
de obscuras cosmologias,
aquecidos por fulgurações
iminentes a reptar desde
o estrondo do desaparecido.
You might also like
More from Fotografia
Lúa Ribeira: “Subir ao ceo” para baixar a duras realidades | Lito Caramés
Nesta primeira metade de 2023 e na cidade de Donostia, está aberta unha ampla e contundente mostra da fotógrafa Lúa …