POEMA
Estalada por dentro
a criatura que sonha
entre os nossos braços,
cai a luz como um golpe
na estatura do silêncio,
enquanto derramamos
sobre a mesa o sangue
do coração desabitado
e continuamos a tecer
fios entre a penumbra,
com um sol extraviado
mostrando as brânquias
de obscuras cosmologias,
aquecidos por fulgurações
iminentes a reptar desde
o estrondo do desaparecido.
You might also like
More from Fotografia
Caderno Galego I Dezembro
Caderno Galego [06]: Dezembro Nem deste por isso, que a malta continua à janela e vai contando umas coisas engraçadas para aligeirar …
“Astrolábio” I Fotografia de Luís Chacho
Luís Chacho cresceu entre Lisboa e a Outra Margem. Nasce em 1974. Publicou o poema “Aqui Del(ete)” na colectânea poética …