POEMA
Estalada por dentro
a criatura que sonha
entre os nossos braços,
cai a luz como um golpe
na estatura do silêncio,
enquanto derramamos
sobre a mesa o sangue
do coração desabitado
e continuamos a tecer
fios entre a penumbra,
com um sol extraviado
mostrando as brânquias
de obscuras cosmologias,
aquecidos por fulgurações
iminentes a reptar desde
o estrondo do desaparecido.
You might also like
More from Fotografia
“Veneradas e Temidas” ~ O poder feminino entre dualidades | Lito Caramés
Exposición Venerades i Temudes. El poder femení en l’art i les creences. Caixaforum. Divinas dualidades.
Ana Tomé: Intemporalidade | Inma Doval
Ana Tomé: Intemporalidade. Exposición de fotografía no espazo cultural da libraría Biblos de Betanzos (mes de marzo de 2024) | …