POEMA
Estalada por dentro
a criatura que sonha
entre os nossos braços,
cai a luz como um golpe
na estatura do silêncio,
enquanto derramamos
sobre a mesa o sangue
do coração desabitado
e continuamos a tecer
fios entre a penumbra,
com um sol extraviado
mostrando as brânquias
de obscuras cosmologias,
aquecidos por fulgurações
iminentes a reptar desde
o estrondo do desaparecido.
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