[recolha de letras miúdas em formato IG Stories]
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[Março de 2020 -]
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Forma confinada o poema voltou.
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Das histórias à janela: o futuro não vira, malta.
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Story à janela: mar de muros, mas voltará chão.
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O futuro não dava para tanto.
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Outra story à janela, assim de repente: o optimismo também custa.
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Futuro, só bailado.
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Uma missão à janela: juntar a Primavera.
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Cantiga sem parceiros, fado baixinho, mas a gente cá anda.
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Que o poema também ensina a sair.
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Tarefa da malta à janela, merecer o texto que da gente vai lembrar.
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Março não acabava aqui.
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Abril também rimava diferente.
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Lições do interior: Abril, outra vez um nome para ficarmos.
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Fado chato, essas saudadinhas no futuro.
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Muito tempo depois de nós, virá na cantiga.
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Vizinhança, já vai dando para ver o sol curvar diferente.
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Letra lenta, insistimos naqueles entusiasmos.
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Quando o futuro voltava mais devagar as palavras, e a gente com elas.
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Com jeitinho a gente ainda arranja um lugar ao sol.
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Futuros de imaginar, os da estrela curta, estrela tambor.
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Passinho fantasma nas tarefas do país, a gente a continuar.
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Fado bravo, a gente a continuar.
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Dezembro sem contar.
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Nomes que a gente tem para a nostalgia: essa canção pimba de lembrar o país.
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Domingo acabará rimando.
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Vontade marinheira, a terra da letra.
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Agosto outra vez era o mar contado.
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Agosto era o horizonte montadinho.
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Agosto, mar de subir.
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Agosto rimava.
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Domingo na letra, certa riminha que tinha.
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Poder agora as cantigas da malta a janela.
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Escola de Verão, outra pedra parecida mexer.
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