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Fragilizar a estação. Duas madeiras na casa, o vento que sibila no silêncio do sangue. A mulher trouxe chá para os séculos. Cidades, idades, violência nas barbas dos homens: – cantou para parir o juízo das revoluções. Com as bandejas não naufraga, não lê, não pode ler. Imita e se angustia. Sugere nas paredes. A mulher vibra nos ventiladores. Já não vocaliza o som da pele, lá fora o trabalho das máquinas e das crianças acelera com movimento deslocado. Paredes emparedam o café. Paredes atiram contra os pássaros. A mulher disse que trouxe chá para o nevoeiro. – Obstruir a animalidade. O sino canta o canto dos ossos pela manhã por isso a visão deturpada nas danças. Desapareceram as serras, não se voltam com as máquinas, os animais viscerais saíram a passeio há mais de dois mil anos. Tendem regressar. – Diz o hino. A mulher anda a ver o que está por baixo das pedras, à boca leva o engenho demoníaco da saliva. Se pudesse cobrir o cabelo assistiria o que se passa nos espelhos. Inunda a boca com a voz da ancestralidade. Diz que vai levar calor à brancura do ar. A mulher constrói água sob o fogo, fogo sob a chama. Difunde o que não pode extinguir as actividades do retorno: – “não encontraram os nomes dos que construíram a monumentalidade”.
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