Terra querida, que sempre chegas tarde
ou chegas antes ou despois da História
e andamos foscos no correr do tempo.
Hai que romper, romper agora!Avilés (Última fuxida a Harar)
Os autores, quanto a maior parte das editoras galegas chegadas a um número de títulos ou de cifras, ou simplesmente com produtos, que se demonstraram vendíveis, normalmente para cativos ou de turismo, consideram a possibilidade de se achegarem (apenas uma provinha, disse o diabético, não faz mal) ao mercado castelhano.
A tentativa, quando resulta, traz sempre o mesmo resultado: mais ingressos (mas nem tantos que na literatura em castelhano também não há tanto profissional) quanto mais dependência e entrampamento dos autores, as editoras e do sistema inteiro no castelhano, do que se supõe nos defendemos. É-che como a heroína, presta no cérebro mas nos obriga a dependência e finalmente mata o corpo.
A vista das contas, o lógico seria, entanto haja ainda forças,considerarmos a solução final e se passarmo-nos suicidas para o castelhano, e como Valle ou Torrente tratar de o invadir com as nossas metáforas e ritmos inauditos ou fenecer na tentativa.
Outra possibilidade seria ousar de uma vez aventurar a via lusitana, que também é comercial, ainda que, seica, culturalmente difícil quanto politicamente incorreta.
De qualquer jeito, duvido que nenhuma destas duas vias se tome a sério. O pessoal tem decidido deixar apodrecer os cascos em porto, que é o seguro.
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