Quero sonhar à tua beira que a saudade tem cura
e o tempo fronteiras trás as que resguardar-se,
mas não é de silencio que se criam as vidas.
Rompe o ar neste instante de texturas salgadas
e regressa outro som,
e regressa outra luz a esta onda de hoje.
Eu conheci o vazio,
as alvas mais escuras que tremiam no leito
de um entrudo sem festa.
Eu rabunhei a terra na procura da água,
eu perdi-me no espelho
e dessequei a espera,
e ocultei a lua na caixa das palavras.
Afinal a saudade é um tempo de dúvidas
e eu estou prendida a um labirinto verde.
You might also like
More from Fotografia
“Veneradas e Temidas” ~ O poder feminino entre dualidades | Lito Caramés
Exposición Venerades i Temudes. El poder femení en l’art i les creences. Caixaforum. Divinas dualidades.
Ana Tomé: Intemporalidade | Inma Doval
Ana Tomé: Intemporalidade. Exposición de fotografía no espazo cultural da libraría Biblos de Betanzos (mes de marzo de 2024) | …